A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) visa a nortear a elaborações dos currículos escolares. Atento às transformações globais, o documento propõe uma formação integral dos alunos, os preparando para os desafios do século XXI.
Contudo, para que isso seja possível, primeiramente é preciso focar na formação dos professores. Essa formação contínua das metodologias, práticas educacionais e as mudanças que ocorrem no mundo são requisitos básicos para que esse docente possa conduzir as aulas de acordo com as diretrizes da Base.
Pensando na relevância dessa temática, preparamos este artigo sobre a BNCC e a formação dos professores. Confira a seguir!
O que é a BNCC?
Segundo o próprio documento:
“A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1 , e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN).”
Ou seja, a Base tem como principal objetivo padronizar os ensinamentos considerados essenciais para todos os estudantes da Educação Básica do território brasileiro. Por meio dessa padronização é possível alcançar um ensino mais igualitário e uma maior equidade. Através de competências e habilidades que devem ser desenvolvidas nesse período, o processo de ensino-aprendizagem vai sendo construído em cada escola, levando em considerações suas particularidades e necessidades.
Muito relevantes nesse contexto, as 10 competências Gerais para a Educação Básica pretendem guiar esse processo. De acordo com a Base, essas competências são:
“1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.”.
A BNCC e a formação de professores da língua inglesa
Diferente do que é proposto pela BNCC, muitos professores de língua inglesa não estão ou não se sentem preparados o suficiente para o ensino integral do idioma. Dados do Censo da Educação Básica em 2017 revelam que apenas 42% dos educadores têm formação específica na área, ou seja, outros professores de outras licenciaturas acabam lecionando a língua estrangeira.
O documento exemplifica o uso de ferramentas digitais em sala de aula, assim como o desenvolvimento de competências e habilidades dos alunos. Contudo, muitas vezes o professor percebe que a sua formação não é suficiente para abarcar tais práticas e metodologias no ensino.
Muitos são os desafios e dualidades enfrentadas pelos educadores no processo de ensino. Uma delas é a própria desmotivação do estudante ou possíveis dificuldades na aprendizagem. Lacunas nesse processo podem culminar em uma desmotivação do próprio docente, tornando inviável a sua busca pelo aperfeiçoamento do desenvolvimento profissional.
Dada a importância que a Base atribui ao desenvolvimento completo do aluno, exige-se uma formação ainda mais aprofundada por parte dos professores para alcançar as diretrizes propostas. Para que isso seja possível, cabe a cada instituição de ensino desenvolver projetos que busquem à formação continuada dos professores, contemplado as competências e habilidades para garantir um ensino de maior qualidade. Sendo assim, ao preparar melhor os docentes são viabilizados um ensino que atenda às necessidades dos discentes ao capacitá-los para atender à Base Nacional Comum Curricular.
Formação continuada e o ensino do inglês
É visivelmente crescente a demanda por um ensino de inglês de qualidade e que abranja uma formação integral dos alunos. Com todas as transformações mundiais que vêm ocorrendo, o ambiente escolar também se modifica. Até algum tempo atrás o foco do ensino era explorar temáticas abordadas em vestibulares e avaliações, tendo em mente a parte técnica, gramatical e vocabulários.
Já na atualidade, dominar um idioma estrangeiro como o inglês é muito mais sobre estar apto a se comunicar em um contexto interligado mundialmente. Para isso, até mesmo o documento da Base aborda o aprendizado da língua inglesa se dando de uma forma fluída e naturalizada ao contemplar os aspectos socioculturais nesse processo. Na medida em que mudanças externas ocorrem, práticas e metodologias educacionais também se transformam, visando a entender as necessidades vigentes.
Para que isso seja possível, é imprescindível que capacitações e a formação continuada seja desenvolvida por parte dos educadores e facilitada pela as escolas. Desse modo, um professor apto a se adaptar às mudanças, se torna um facilitador da aprendizagem e não apenas quem transmite os conteúdos aos alunos.
Falando nisso, um passo importante nesse estudo contínuo é estar a par do documento da Base Nacional Comum Curricular e suas diretrizes para o ensino do inglês. Pensando nessa proposta, preparamos um documento guia gratuito. Baixe-o: