O termo ensino híbrido se fez muito presente no vocabulário dos membros da comunidade escola nos últimos anos. A pandemia de 2020 obrigou que as escolas migrassem para o modelo de ensino a distância; e, após a incorporação da tecnologia no dia a dia das práticas escolas, dificilmente os modelos de aula voltarão ao que eram antes.
Mas afinal, o que é ensino híbrido e por que existem tantos questionamentos sobre essa abordagem? Neste artigo, você vai encontrar a resposta para essas e outras perguntas. Confira!
O que é o ensino híbrido
De modo simplificado, o ensino híbrido consiste em mesclar aulas presenciais com atividades online. Essa abordagem do ensino propõe o uso da tecnologia como ferramenta pedagógica e busca ampliar as habilidades dos alunos. Ela também está alinhada a uma das 10 competências gerais propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que trata da inclusão da cultura digital nas escolas:
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”
A implementação do ensino híbrido requer muito cuidado e panejamento da parte dos gestores e do corpo docente. Isso, porque não basta apenas disponibilizar recursos digitais aos alunos, sem que haja um contexto pedagógico. Além disso, esse processo envolve uma mudança de paradigma nas escolas, que devem incluir as plataformas educacionais como potencializadoras do aprendizado. O ensino híbrido, portanto, só é possível quando existe intencionalidade no uso, com propostas alinhadas e em sincronia como o que é ensinado em sala de aula.
Os desafios da implementação do ensino híbrido
Como vimos, implementar o ensino híbrido requer a revisão das práticas tradicionais de ensino, e esse é o principal desafio encontrado pelos gestores. Indo na contramão dos métodos tradicionais, que conhecemos tão bem, o ensino híbrido requer o desenvolvimento do protagonismo do aluno. Isso significa que os discentes precisam de autonomia para construir o seu aprendizado; e muitas escolas ainda encontram dificuldades nesse processo, seja para avaliar o desenvolvimento da turma ou até mesmo para capacitar seu corpo docente.
No primeiro caso, é importante contar com o apoio de uma plataforma pedagógica. Por meio dela, os gestores podem acessar relatórios acerca do desenvolvimento dos jovens. O Plurall, por exemplo, oferece relatórios de desempenho a cada 15 dias, além de uma lista de atividades. Essa lista permite que as atividades extraclasse sejam feitas dentro da própria plataforma, contando com o apoio de um plantão de dúvidas 24 horas e recursos em vídeo e áudio para expandir a experiência de sala de aula.
Quanto à capacitação do corpo docente, é preciso que os gestores tenham em mente a importância do incentivo à formação continuada para os professores. Muitos dos educadores não são nativos digitais e precisam se habituar ao uso das ferramentas para auxiliar os alunos. Além disso, diante de uma rotina muito atarefada, envolvendo várias jornadas de trabalho, é difícil que o professor encontre espaço em sua agenda para a capacitação contínua. Para isso, programas como o PROFS (Programa de Formação de Professores) podem ser úteis. Ele se trata de uma plataforma de cursos online, com e sem tutoria, que promove a disseminação de conteúdos com novas abordagens e reflexões, além de contar com material prático que auxilia na ampliação do repertório didático.
Ensino híbrido e os novos papeis em sala de aula
Portanto, o ensino híbrido é uma excelente abordagem pedagógica, mas exige uma modificação das práticas habituais em sala de aula. Para que ele seja efetivo, é preciso compreender que o professor não é o único detentor do conhecimento, e que cabe a ele guiar os alunos em um processo de ensino-aprendizagem mais conectado à realidade dos jovens e crianças. Ou seja, os alunos se tornam cada vez mais protagonistas e são mais estimulados a expor o seu ponto de vista e suas ideias, atuando de forma crítica e criativa.
O ensino híbrido está muito alinhado aos estudos que alinham neurociência à aprendizagem. Por meio dessas pesquisas, é possível desenvolver métodos pedagógicos mais eficazes e menos engessados no modelo tradicional. Para que você conheça melhor o que a neurociência tem a oferecer ao mundo educacional, preparamos um webinário completo sobre o assunto. Inscreva-se e participe.
